Já é conhecida a
prova nº 6 do Torneio “Quem É?”.
Ei-la:
Torneio “Quem
é?”
Prova nº 6
Coleção
Vampiro
Autor: Paulo
Todas as
questões aqui colocadas, se referem a autores publicados nesta coleção.
1 – Este
é um autor que surgiu muito pouco na Coleção Vampiro e nunca com a sua
personagem mais conhecida. Nasceu, pouco passava da metade do século XIX, filho
de pai inglês e de mãe irlandesa, que lhe ensinaria as primeiras letras.
Formou-se em
medicina, o que, muito provavelmente, lhe forneceu elementos que utilizou nos
seus escritos.
A sua personagem
principal tornou-se sinónimo de detetive, tal foi o sucesso que teve logo de
início, e que continuou ao longo dos anos, levando a que muitas das suas
obras tivessem adaptação cinematográfica e televisiva.
Farto da sua
personagem, o criador pretendeu matar a criatura, mas a pressão do público e do
editor, fez com que a morte fosse apenas encenada, surgindo o detetive em mais
algumas histórias após a sua "ressurreição".
Apesar da
dedicação à literatura, continuou a exercer a sua atividade profissional, tendo
também participado na Guerra dos Boers. Morreu em 1930.
a) Quem é o
autor a que se refere o texto?
b) Quem é a
personagem que ele criou e que é referido no texto?
2 – Foi
uma das autoras mais publicadas na Coleção Vampiro. Nasceu ainda no século XIX,
escreveu contos, romances, poesia e peças de teatro. É considerada a rainha do
crime, sendo uma das autoras que mais usa os venenos nas suas obras, situação a
que não será alheio o facto de ter trabalhado num hospital e numa farmácia
durante a I Guerra Mundial. O seu segundo casamento com um arqueólogo também a
levou a localizar algumas das suas obras neste meio, designadamente no médio
oriente.
A sua principal
personagem, um detetive belga, criou a expressão "células cinzentas"
e tem sido adaptado em séries televisivas e no cinema, sendo vários os atores
que o interpretaram, sendo David Suchet aquele que deixou uma marca mais indelével.
Esta autora
faleceu, já a década de 70 do século XX tinha passado a metade.
Sublinhe-se
ainda uma entrevista feita por Artur Varatojo a esta escritora.
a) Quem é a
autora referida no texto?
b) Qual é a
personagem que ela criou e utiliza a expressão "células cinzentas"?
3 – Foi
um escritor belga, cuja vida decorreu totalmente no século XX.
Apesar da sua
nacionalidade, a principal personagem que saiu da sua veia criadora era um
polícia francês, cujo primeiro nome era Jules, que nasceu na localidade
fictícia de Saint-Fiacre, viveu no Boulevard Richard Lenoir, e que quando
começou os seus casos ainda existia pena de morte aplicada pela justiça
francesa. O último episódio com esta personagem surge já na década de 70,
cerca de 40 anos depois do primeiro. A sua fama foi tanta que existe pelo menos
uma estátua, nos Países Baixos, onde surge esta personagem, que resolve os
crimes, não com base em ação, mas no conhecimento psicológico dos suspeitos.
Este autor foi
extremamente prolífico, usando muitos pseudónimos. Além da sua série principal,
com o polícia francês referido, escreveu muitas outras obras. A
Coleção Vampiro publicou imensos títulos com a sua personagem mais conhecida,
que já anteriormente tinha dado origem a uma coleção com o sue nome.
a) Quem é o
escritor?
b) Qual é a
personagem que é referida na pergunta?
4 –
Nasceu em 1904 em Elmer no Minnesota. Publicou sobre os pseudónimos Stephen
Acre, Charles K. Boston e John K. Vedder, mas seria sobre o seu verdadeiro nome
que a coleção Vampiro publicaria livros das suas três séries policiárias, assim
como outros livros fora dessas séries.
A sua principal
série envolve uma dupla de detetives. Um deles é o cérebro do grupo e o outro é
o responsável pela atividade física necessária à resolução dos casos. Têm a
característica de, apesar de em determinados momentos possuírem muito dinheiro,
estão quase sempre sem meios de subsistência, tendo que recorrer à venda de
livros.
a) Quem é este
autor?
b) Quem é esta
dupla?
5 – Esta
autora, nascida em 1933, surgiu com dois livros publicados nesta coleção,
incluindo o segundo de uma das séries da sua criação, que tem como protagonista
um inspetor da polícia. Esta série teve 15 livros publicados.
a) Quem é a
personagem referida?
b) Qual é o nome
desta autora?
As soluções
devem ser enviadas até ao dia 31 de agosto para apaginadosenigmas@gmail.com.
Em aditamento à
edição da secção O Desafio dos Enigmas de 20 de julho de 2025, publica-se a
solução de mais um problema do I Grande Torneio organizado pela secção
“Mistério…Policiário”, orientada por Sete de Espadas, entre 13 de março de 1975
e 1 de abril de 1986, na Revista Mundo de Aventuras.
Mistério…Policiário,
da Revista Mundo de Aventuras em 1975
I
Grande Torneio
O CASO DA PISCINA VAZIA.., de Sir Lock
Solução do
Autor
Havia
um renque de arbustos entre o carreiro e a piscina para a guardar de olhares
indiscretos. O inspector estava junto da cancela e sentia-se
comprometido por ter procurado um local onde pudesse evitar a visão daquela
cena de sangue e horror. O Abel D'Alpuim saiu cheio de pressa e lamentava
não ter passado pela piscina pois «poderia ter evitado o acidente». O Abel
D'Alpuim tinha visto o jardineiro encher a piscina na véspera.
É
evidente que, da cancela, o renque de arbustos tapava a piscina dos tais
olhares indiscretos e, portanto, ninguém poderia verificar se havia água ou
não. Como poderia saber o Abel que a água, que enchia a piscina na véspera, se
tinha escoado? Afinal ele mesmo afirmou que se tivesse passado pela piscina o
acidente se teria evitado.
Logo o
Abel é culpado porque vira o jardineiro encher a piscina e saíra para a cidade
sem saber se ela continuava cheia ou vazia. Quando voltou (ou esperou que o tio
subisse a prancha e se exercitasse para o salto) gritou da cancela e… meteu os
pulsos nas algemas.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 7
O ASSASSINATO DO
VELHO MILIONÁRIO, de Rigor Mortis
SOLUÇÃO DE AUTOR
– Como assim?! – questionou o inspetor. De pé, acendeu o cachimbo
enquanto olhava intensamente para a sobrinha, sentada na poltrona.
– Bom… Dos dois, a Susana é a que parece ter motivos para desejar a morte
do pai. A rejeição por este da relação que ela tem com o namorado e a ameaça de
a deserdar, claro. Uma fortuna como a do pai não será uma coisa a desprezar…
Pelo contrário, o Rui parecia estar relativamente de bem com o pai, é verdade.
Mas valerá a pena investigar isso mais profundamente, tal como o estado das
suas finanças.
– A pistola era do Rui, é um facto – continuou a Júlia. – Claro que teria
sido possível à Susana tirá-la do estojo sem que ele desse por isso, por
exemplo naquela manhã, quando o irmão estivesse na casa de banho. Mas porque é
que a iria esconder a seguir ao crime num sítio onde guardava artigos pessoais
seus? Era de supor que seria encontrada numa busca que a Polícia fizesse, e
isso iria dirigir suspeitas sobre si própria. Deixá-la em qualquer outro sítio,
até mesmo no escritório, seria bem melhor…
– E a ausência de impressões digitais na arma e o facto de em nenhum
deles terem sido detetados indícios de pólvora? – perguntou o inspetor.
– A circunstância de a pistola não ter impressões digitais significa que
qualquer dos dois a poderá ter usado, limpando-a a seguir. E qualquer deles
poderá ter lavado cuidadosamente as mãos e os braços depois do crime. Tiveram
tempo para isso…
– Significará a tua conclusão que de alguma forma simpatizas com a
Susana, por ela ser mulher e fisicamente frágil?... – ironizou o inspetor. –
Olha que já encontrei casos de mulheres minúsculas a cometerem assassínios…
– Não, tio. Mas é precisamente por ela ser muito pequena.
– Como assim?! – repetiu o inspetor.
– Porque, com o metro e sessenta que ela tem, lhe teria sido impossível
atingir o pai, sentado à secretária, com um tiro no alto da cabeça.
– Ora, ora! – O inspetor despediu o argumento da sobrinha com um gesto de
uma mão, enquanto se agachava e, com a outra, usava o cachimbo com o braço
esticado, simulando segurar uma arma à frente da cara, a disparar para o alto
da cabeça da Júlia.
– Não, não, tio! Do outro lado da secretária, o tiro teria que ser dado a
uns dois metros de distância, não menos que metro e meio. Certamente com o
velho ligeiramente dobrado para a frente, pelo espanto de ver uma pistola
apontada a ele, mais ou menos como eu estou.
Mantendo-se agachado, o inspetor afastou-se um passo da sobrinha.
– Pois, daí… Mas note que seria impossível que esse disparo pudesse levar
a bala a alojar-se no topo da pequena lomba da zona dos rins da cadeira onde
estava o morto – continuou Júlia, calmamente, sorrindo com a surpresa estampada
na cara do tio – o que aconteceria com certeza se o tiro fosse disparado pelo
Rui, com os seus dois metros de altura…
PONTUAÇÕES DO
PROBLEMA Nº 7
DECIFRAÇÃO
10 pontos
Clóvis, Columbo,
Dona Sopas, Haka Crimes, Inspector Detective, Inspector Mucaba, Mali, Molécula,
O Pegadas, Rigor Mortis.
9 pontos
Arjacasa, Bernie
Leceiro, Búfalos Associados, Detective Jeremias, Ego, Inspector Aranha,
Inspector Mokada, Inspector Ryckyi, Inspetor Moscardo, Mancha Negra.
8 pontos
Detetive Lupa de
Pedra, Detetive Vasofe, Edomar, Fotocópia, Inspector Pevides, J C Al,
Margareth, Mula Velha, Pintinha, Sandra Ribeiro, Visconde das Devesas.
7 pontos
Ana Marques,
Carluxa, Detective Verdinha, Faria, Inspector 27797, Joel Trigueiro, Mandrake
Mágico, Rainha Katya.
6 pontos
CA7, Carlos
Caria, CN13, Detective Silva, Detective Suricata, Fátima Pereira, Inspector
Cláudio, Inspectora Sardinha, Jorrod, Marino, Pedro Monteiro, Sofia Ribeiro,
ZAB, Zé Alguém.
5 pontos
Vic Key.
AS MELHORES
Rigor Mortis - 5
pontos
O Pegadas - 4
pontos
Columbo - 3
pontos
Mali - 2 pontos
Dona Sopas - 1 ponto
AS MAIS ORIGINAIS
Dona Sopas - 5
pontos
Mali - 4 pontos
J C Al - 3
pontos
Arjacasa - 2
pontos
Vic Key -1 ponto
PRÉMIOS SORTEADOS:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
PREMIADO: Rigor Mortis
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
PREMIADO: Mancha Negra
CONSULTE
TODAS AS CLASSIFICAÇÕES NO SITE CLUBE DE DETECTIVES (clubededetectives.pt)
ARRANCA HOJE O TORNEIO DE AGOSTO – HOMENAGEM A NOVE/VERBATIM
Como anunciado na anterior edição de
O Desafio dos Enigmas, publicamos hoje o primeiro problema do Torneio
de Agosto (as melhores, mais criativas e originais soluções), um original
inédito de Pedro Paulo Faria (NOVE e VERBATIM), da sua primeira fase de
produtor, quando procurava criar uma carteira de enigmas de menor grau de
dificuldade que captassem novos praticantes para a vertente de decifração
policiária. Serão três os problemas do mesmo autor com que iremos colocar à
prova a capacidade dedutiva dos nossos leitores, aliando a essa argúcia um
grande espírito criativo e um sentido de originalidade apurado, já que o
objetivo é premiar não só as melhores, mas também mais criativas e mais
originais soluções dos concorrentes em prova.
Torneio de Agosto (as melhores,
mais criativas e mais originais soluções)
Regulamento
1. O Torneio de Agosto é uma prova aberta a todos os leitores do jornal
AUGIÊNCIA GP, não necessitando de inscrição prévia.
2. O torneio será composto por 3 (três) problemas inéditos de NOVE/VERBATIM,
a publicar na secção O Desafio dos Enigmas, nas edições de 5, 15 e 25 de
agosto.
3. O prazo de envio de propostas de soluções termina no trigésimo dia
após a publicação de cada problema (dias 5, 15 e 25 de setembro,
respetivamente).
4 As propostas de soluções devem ser enviadas para o mail
salvadorsantos949@gmail.com, dentro do prazo previsto no número anterior.
5. Em cada etapa serão selecionadas as cinco melhores, mais criativas e
originais propostas de soluções, sendo atribuído a cada uma delas 10, 7, 5, 4 e
3 pontos, respetivamente. Às restantes propostas de solução serão atribuídos 2
pontos.
6. Vence o torneio o concorrente que somar o maior número de pontos no
final da terceira etapa.
7. Em caso de igualdade pontual no final da prova, será vencedor, pela
seguinte ordem, o concorrente que:
a) Tenha
obtido mais vezes a pontuação máxima (10 pontos);
b) Tenha obtido mais vezes 7 pontos;
c) Tenha
obtido mais vezes 5 pontos;
d) Tenha
obtido mais vezes 4 pontos;
e) Tenha obtido mais vezes 3 pontos.
8. Serão atribuídos
os seguintes prémios: Taças para os três primeiros classificados; Medalhões
para o quarto, quinto e sexto classificados; Medalhas para o sétimo, oitavo,
nono e décimo classificados.
9. Os casos omissos serão resolvidos pelo orientador da secção O Desafio dos Enigmas.
Torneio de Agosto (as melhores, mais
criativas e mais originais soluções)
Problema nº 1
“Crime na Casa Azul”,
de Nove (2006)
O
coronel Ferraz vivia com os seus dois sobrinhos, Carlos e João, numa vivenda
chamada “Casa Azul”, da qual fazia parte um vasto terreno que se estendia das
traseiras da moradia até uma linha de caminho de ferro que corria a cerca de
100 metros de distância.
Numa
bela, mas infeliz manhã de maio, o coronel apareceu morto no seu escritório,
uma divisão situada na parte da frente do rés-do-chão da “Casa Azul”. Foi a
empregada quem encontrou o corpo, cerca das 9h10, pouco depois de ter entrado
ao serviço.
A
polícia foi chamada e, pelas 10h20, chegou o Inspector Alves, o agente Dias e o
Dr. Martins, médico legista.
Foi
tudo examinado com cuidado. O coronel Ferraz havia sido atingido no local onde
se encontrava o corpo, com um tiro na nuca, desferido a uma distância entre
0,5m e 1,0m. A morte, segundo a estimativa do Dr. Martins, ocorrera entre as
7h45 e as 8h15. A arma fatal não se encontrava no escritório.
O
Inspector Alves chamou a empregada e os dois sobrinhos para um primeiro
interrogatório.
A
senhora fora ao posto médico daquela povoação, onde estivera, segundo se
comprovou, das 7h40 às 8h30.
O
sobrinho Carlos declarou o seguinte: “Desci para o meu exercício matinal cerca
das oito menos um quarto. O meu primo João estava a tomar o pequeno-almoço com
o tio. Quando eu andava lá por baixo, na nossa quinta, perto da linha do
comboio, ouvi um barulho, semelhante a um tiro, vindo da vivenda. Estranhei o
facto, mas não lhe dei importância. Deviam ser 8h10 porque, no momento em que
senti o tiro, estava a passar o primeiro comboio rápido da manhã, que costuma
ser muito pontual. Regressei a casa já depois das oito e meia e fui para o
duche. Fiquei muito surpreendido ao ouvir os gritos da nossa empregada… tinha
eu acabado de me vestir. Depois de ver o que acontecera telefonei de imediato
para os senhores”.
O
sobrinho João disse: “Vi o meu tio ao pequeno-almoço. Ele estava bem disposto e
encarregou-me de tratar de uns assuntos na cidade. Saí um ou dois minutos antes
das oito. Fui primeiro falar com o empreiteiro com quem ajustámos o arranjo da
garagem e depois desloquei-me ao nosso banco. Quando aí me encontrava, perto
das nove e meia, telefonou-me o meu primo Carlos a dizer que o tio tinha sido
encontrado morto no escritório. Por uns instantes fiquei sem fala. Recompus-me,
pedi-lhe pormenores e vim logo para aqui”.
Após
ter interrogado os dois sobrinhos o Inspector Alves ficou satisfeito. O caso
não parecia complicado.
Foi
acidente? Foi suicídio? Se foi assassínio, quem o terá perpetrado? Justifique a
sua resposta.
NOTA: As propostas de solução devem ser enviadas para o e-mail do orientador
da secção, salvadorsantos949@gmail.com, até ao próximo dia 5 de setembro,
impreterivelmente
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 8
A ESTREIA DO INSPECTOR FARIA, de Faria
Era meia-noite,
encontrava-me a arrumar uns livros, para me ir deitar, quando soa o malfadado
telefone, sempre inoportuno.
Levanto o
auscultador, e ouço uma voz muito aflita:
— Venha
depressa, inspector, acabo de deparar com o meu tio morto.
Tomo nota da
morada da vítima, pensando ao mesmo tempo:
«Que chatice,
logo à esta hora da noite é que se lembram dos assassínios». Saio imediatamente
de casa, pego no automóvel (que por sinal ainda não está pago...) e abalo na
direcção da morada indicada. A noite estava muito ventosa, o que me forçou a
levar os vidros do carro todos fechados.
Passados dez
minutos, estava na morada, uma sumptuosa mansão pertencente ao milionário sr.
Lucas Pancrácio.
Saio do
automóvel, toco à campainha, e sou recebido pelo indivíduo do telefonema, sr.
A. Pastor, sobrinho da vítima.
Fui de imediato
conduzido ao compartimento onde a vítima foi encontrada, localizado no
rés-do-chão direito.
Depois de me
certificar pelo A. Pastor que nada no compartimento tinha sido mexido, entro no
mesmo. Trata-se de uma sala pequena, que além da porta de entrada, apenas tem
uma janela grande ao fundo, na direcção da porta.
Ao centro da
sala, estava localizada a secretária, e sentado à mesma, com a cabeça tombada
sobre o tampo, encontrava-se o milionário.
Junto do corpo,
pude notar que a vítima tinha sido estrangulada, certamente com uma linha fina,
mas resistente, pois era visível à volta do pescoço, um grande traço fino e
profundo.
Dando uma volta
pela sala, na busca de indícios, pude notar que a mesma estava cheia de painéis
à volta, e é então que reparo que por detrás de um deles, ligeiramente afastado
para o lado, se encontrava um cofre de parede, aberto, o que me fez antever que
o móbil do crime tinha sido o dinheiro...
A janela estava
toda escancarada... Aproximo-me dela, a ver se notava alguma coisa, ao mesmo
tempo que dizia para comigo:
«Certamente terá
sido por ali que o assassino escapou, depois de cometer o assassínio e sacar a
massa...»
Olho através
dela, mas com a escuridão da noite, nada se via.
Viro-me
novamente para a sala, e dali pude observar mais uma vez a triste figura que a
vítima apresentava, olhos arregalados, o que aliado ao vento que entrava na
sala e lhe batia em cheio na cara, pondo-lhe os cabelos em alvoroço, o tornavam
horroroso.
Feitas estas
observações, viro-me para o A. Pastor e pergunto-lhe:
— Tem alguma
ideia de quem tenha sido o assassino?
— Não,
francamente, não tenho, inspector. — replicou A. Pastor.
— Além de você,
quem mais está em casa? — continuo a perguntar.
— Estão o meu
primo Carneiro e a minha prima Lucília, que chegaram hoje, por volta das 20
horas, para passarem aqui as férias.
— Chame-os,
preciso de proceder a um interrogatório.
O primeiro a ser
interrogado foi Lucília, que disse:
— Estive a ver
televisão até 23 horas, mas como o programa estava a ser ruim, recolhi ao meu
quarto, deitando-me a ler uma obra muito interessante, intitulada «O
Estrangulador de Boston», que aliás já tinha visto em cinema. Cerca das 23
horas e 30 minutos fechei a luz e adormeci profundamente. Não dei por nada.
O segundo a ser
interrogado foi Carneiro, que disse:
— Estive também
a ver televisão, mas recolhi mais cedo ao meu quarto, cerca das 22 horas e 30
minutos, pois tinha de preparar o meu estojo de pesca, os carretos e as linhas,
visto tencionar, logo de madrugada, ir praticar o meu desporto favorito.
Adormeci por volta das 23 horas e 15 minutos. Não dei por nada.
A propósito,
pergunto:
— Em que parte
da casa dorme?
— Durmo no
rés-do-chão esquerdo — replicou Carneiro.— Porquê, inspector?
— Por nada. Não
tem importância — respondi.
Foi a vez de A.
Pastor, que disse:
— Eram 21 horas
exactas quando saí de casa, peguei no automóvel e fui ao cinema.
— Tem graça —
replico eu —, veja só o meu descuido, sou um amante fervoroso de cinema, moro
junto ao edifício do cinema, mas atrasei-me de tal maneira que quando dei por
mim, já o filme tinha começado.
Acabei por
perder um filme que tinha bastante empenho em ver. Mas deixemos o palavreado,
continuemos com o interrogatório.
— Pois como ia
dizendo, inspector, fui ao cinema. Eram 23 horas e 30 minutos, precisas, quando
o mesmo acabou. Vim logo para casa, onde cheguei à meia-noite exacta. Como
sempre faço nas noites em que saio, dirigi-me ao compartimento onde o meu tio
costumava estar sempre a trabalhar até altas horas da noite, para lhe perguntar
se queria algo de mim, muitas vezes era forçado a estar com ele até quase de
madrugada...
Abri a porta da
sala, e deparei com o meu tio com a cabeça caída sobre o tampo da secretária, a
cara com os olhos todos arregalados, e, pensei logo que ali havia algo que não
estava bem... Entrei na sala, aproximei-me do meu tio, e deparei que o mesmo
tinha sido assassinado. Telefonei imediatamente para si, inspector, e o resto
já o senhor sabe.
—É deveras um
caso intrincado — disse eu. — A propósito, costuma estar mais alguém em casa? —
pergunto.
— Costuma estar
também o mordomo — respondeu A. Pastor, mas hoje é o seu dia de folga, pelo que
não esteve em casa durante todo o dia.
Quer que o mande
chamar, inspector?
— Não vale a
pena, já sei quem foi o assassino...
— Quem foi o
assassino? (2 pontos).
— Porquê?
Explique convenientemente (8 pontos).
***
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DAS RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de agosto de 2025,
através dos seguintes meios:
a - Por email,
correio eletrónico, de A Página dos Enigmas: apaginadosenigmas@gmail.com;
b - Entregando
em mão ao orientador do Blogue A Página dos Enigmas, Paulo, onde quer que o
encontrem;
c - Utilizando o
Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.o Esq.
FEIJÓ 2810 – 032
ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes
prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
ÚLTIMA HORA
O TORNEIO DE VERÃO
(as melhores, mais criativas e originais soluções) arranca no dia 5
de agosto, com a publicação do seu primeiro problema (um original inédito de
NOVE), de forma a não “criar ruído” no "Torneio do Cinquentenário de Mistério... Policiário", que conhece o
seu oitavo enigma no dia 1 de agosto. Assim, os problemas do TORNEIO DE VERÃO
serão publicados no LOCAL DO CRIME nos dias 5, 15 e 25 do próximo mês de agosto.
Juntamente com o primeiro problema, será publicado o regulamento da prova.
Estão todos desafiados a marcar presença. NÃO FALTEM!!!
Já é conhecida a
solução (e as respetivas pontuações) do sexto problema do I-Torneio Policiário
“Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA N.º 6
|
PAIXÃO ASSASSINA
Solução
O Inspector
constata que a caligrafia da carta, que Nazário lhe mostrou, se inclinava muito
para a esquerda e a tinta da carta estava esborratada, indícios de como se
tivesse sido escrita febrilmente, com presença de suores ao momento e,
possivelmente por uma pessoa canhota. Também a análise do grafólogo que Nazário
poderia mostrar ao Inspector que a carta tinha sido escrita
por uma pessoa fria, sem carácter, calculista e muito mais … presume-se isso!
A arma do crime
tinha sido encontrada do lado esquerdo de Helena, o que significa que era
provável que o assassino tivesse usado a mão esquerda para a espancar. Helena
estava a segurar a espátula com a mão direita, o que para o Inspector era sinal
de que seria destra. As suas suposições estavam correctas: o NOVO namorado de
Helena era canhoto e fora ele que escrevera a carta a Nazário, para tentar
mantê-lo longe de Helena. Quando mais tarde ouviu a voz amigável de Nazário no
atendedor de chamadas, o assassino ficou convencido que Helena estava a
traí-lo, e por isso, matou-a num ataque de ciúmes. E depois armou uma cilada a
Nazário.
Também torna-se
claro se a Helena tinha um NOVO namorado, e tudo aponta que sim, este
obviamente deveria ter participado a ocorrência, já que a visitaria
regularmente, mas se não o fez torna-se claro foi ele que a matou, não voltando
mais à casa, depois do ocorrido, esperando então que alguém aparecesse, o que
levou alguns dias a acontecer...!
Convém ainda
salientar que numa descrição sumária do estado em que a casa se encontrava, não
é referida qualquer menção a haver telefone, mas se Nazário disse que ligou
várias vezes e que deixou até mensagem no atendedor, torna-se óbvio que o
Inspector confirmou isso durante a investigação … logo seria um tremendo
absurdo se não houvesse mesmo telefone e Nazário o tivesse mencionado, até
porque ele garante com firmeza ter feito várias chamadas até e deixado
mensagem. Tudo isto teria sido confirmado pelo Inspector e aí os seus juízos
sobre o ocorrido.
NOTA :
Para este
problema e, porque houve supostos intervenientes, na narração, “ausentes”, foi
tomada a opção de se reavaliar as pontuações, o que é perfeitamente justo, não
havendo assim a pontuação única de presença (5 pts.), sendo esta
automaticamente acoplada (em acréscimo) quer à solução tida como correcta, em
parte, (8 pts.) quer à mais elaborada (10 pts .)! Neste cenário, ilibar Nazário
do crime e não apontar sequer um culpado, justificando, foram considerados, só
por si, factores determinantes na pontuação.
E porque de um
Torneio SIMPLEX se trata … participar, marcando presença, é sem dúvida alguma
muito mais apelativo, essa a finalidade, não existindo assim a mais leve
pressão de ter que ser-se melhor…ou diferente!
Pontuações
neste 6º problema
10 PONTOS
Ana Marques, Arjacasa, Búfalos
Associados, Carlos Caria, Detective Jeremias, Detective Lupa de Pedra, Detective
Verdinha, Dick Tracy, EGO, Inspector 27797, Inspetor Boavida, Inspector Ricky, Joel
Trigueiro, Jorge Amaral e O Gráfico.
8 PONTOS
Agente Silva,
Bela, CA 7, Carlinha, Carluxa, Clóvis, CN 13, Detective Izadora, Detective
Silva, Detective Suricata, Faria, Fátima Pereira, Inspector Cláudio, Inspector
Pevides, Inspector do Reino, Inspectora Sardinha, Inspetor Moscardo, Jorrod, Mali,
Mandrake Mágico, Margareth, Marino, Molécula, O Pegadas, Paulo, Pedro Monteiro,
Pintinha, Rainha Kátya, Sandra Ribeiro, Sofia Ribeiro, Vic Key, Visigodo, ZAB e
Zé Alguém.
Classificação
Geral (após o 6º problema)
60 PONTOS
Ana Marques, Inspetor Boavida e
O Gráfico.
58 PONTOS
Arjacasa, Detective
Verdinha e Jorrod.
56 PONTOS
Búfalos
Associados, Clóvis, Detective Jeremias, Faria, Mali, Margareth, O Pegadas, Pintinha,
rainha Kátya e Sofia Ribeiro.
55 PONTOS
EGO.
54 PONTOS
Carlinha,
Carluxa, CN 13, Detective Silva e ZAB.
53 PONTOS
Carlos Caria,
Inspector Pevides, Inspector Ryckyi e Joel Trigueiro.
51 PONTOS
CA 7, Inspector
Moscardo
50 PONTOS
Dick Tracy e Vic
Key.
49 PONTOS
Inspector
Cláudio, Inspector do Reino e Paulo.
48 PONTOS
Mandrake Mágico.
47 PONTOS
Detective
Izadora.
46 PONTOS
Bela, Inspectora
Sardinha, Molécula, Pedro Monteiro e Zé Alguém.
43 PONTOS
Columbo.
39 PONTOS
Detective
Suricata.
37 PONTOS
Visigodo
36 PONTOS
Fátima Pereira
33 PONTOS
Detetivesca
29 PONTOS
Marino e Sandra
Ribeiro.
28 PONTOS
Detective
Caracoleta.
26 PONTOS
Ribeiro de
Carvalho.
20 PONTOS
Inspector 27797
16 PONTOS
Agente Silva
10 PONTOS
Dtective Lupa de
Pedra e Jorge Amaral
05 PONTOS
Bernie Leceiro
VAMOS DECIFRAR ENIGMAS POLICIÁRIOS NAS FÉRIAS DE VERÃO
Nas
próximas edições vamos ter um torneio especial de decifração de enigmas
policiários, denominado Torneio de Agosto (as melhores, mais
criativas e mais originais soluções), que permeia exatamente as soluções que se
destaquem pela sua qualidade, inovação e originalidade, tendo por base três
problemas inéditos da autoria do nosso saudoso confrade Pedro Paulo Faria,
escritos em 2006, quando ainda usava o seu primeiro pseudónimo (NOVE), por ele
adotado pelo facto de ser então muito NOvato nestas andanças do policiário, mas
(segundo o próprio) já VElho de idade (e na altura tinha pouco mais de 56
anos…), vindo a afirmar-se como um dos maiores dinamizadores da atividade
policiária, como seccionista, produtor, decifrador e júri de concursos.
NOVE
nasceu em Leiria em 1936, vindo a falecer em Alfragide (concelho da Amadora) em
31 de agosto de 2018. Para trás ficava uma vida de grande dedicação à família e
à sua profissão, ocupando os tempos livres preferencialmente em volta dos
livros e da escrita. Ele, que viera das áreas da matemática e da química,
voltava sempre às letras, razão porque tinha um grande prazer em resolver
problemas de recreação matemática, enigmas e quebra-cabeças, e afirmava-se
leitor assíduo de obras de divulgação matemática e científica, incluindo a
policial, poesia e ensaios. E NOVE, que costumava participar em comunidades de
leitores (reuniões para discussão de livros), depressa passou a ser presença
assídua nos encontros nacionais de policiaristas, tendo sido membro ativo da
Tertúlia Policiária da Liberdade, o que revela o seu apreço pelo convívio e
pelo debate.
NOVE
chegou a admitir, num breve autorretrato publicado no fanzine O Lidador das
Cinzentas, da Tertúlia Policiária do Norte, editado em colaboração com o
pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia, que as respostas aos primeiros
desafios policiários eram muito incompletas. Com o tempo foi se apurando, em
especial depois de ter começado a participar na Tertúlia Policiária da Linha de
Sintra, onde, em 1996, se iniciou como produtor para a extinta secção “Enigmas
& Desafios” do jornal Notícias da Amadora e, logo a seguir, para a secção
“Policiário” do jornal Público, onde viria a consagrar-se Campeão Nacional por
duas vezes (nas temporadas 2001/2002 e 2003/2004), tendo sido também
Policiarista do Ano e nº 1 do Ranking da mesma secção, em 2003/2004, onde viria,
alguns anos mais tarde, a adotar o pseudónimo VERBATIM (o que significa
“literalmente, textualmente ou que reproduz com exatidão”).
Mesmo
quando não ocupa lugar no pódio, o seu nome (NOVE ou VERBATIM) aparece sempre
entre os primeiros classificados nas provas em que participa, como decifrador
ou autor de enigmas, afirmando-se sempre como um dos melhores de todos nós, não
só nessa dupla qualidade, mas também como companheiro e amigo, justo merecedor
desta simples, mas sincera homenagem, em forma de Torneio, cujo regulamento
publicaremos na próxima edição (dia 1 de agosto).
Entretanto,
terminamos por aqui a publicação de alguns dos problemas que integraram o I
Grande Torneio (o primeiro de 25 torneios realizados, após a publicação de
problemas isolados), organizado por Sete de Espadas na secção
“Mistério…Policiário”, da revista de banda desenhada Mundo de Aventuras, que
fez furor sobretudo entre a “malta” mais jovens durante onze anos.
Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras
I Grande Torneio
O CASO DA PISCINA VAZIA…
de Sir Lock
O inspector Nelson
Bravo foi chamado ao palacete do milionário Pedro d'Alpuim em virtude do
infortunado industrial ter sofrido um fatal acidente. A crer nas palavras dos
dois sobrinhos: Abel e Dorindo d'Alpuim, a vítima saltara de uma prancha a dois
metros de altura para a piscina vazia… Acrescentaram que o tio tinha perdido a
vista cinco anos antes mas que continuara a praticar o seu desporto favorito.
Por outro lado o jardineiro jurou que tinha mudado a água da piscina no dia
anterior como o vinha fazendo desde que trabalhava na casa pois
o sr. Pedro d'Alpuim não tolerava falta de método. Esvaziava a
piscina e enchia-a todas as terças, quintas-feiras e sábados, pelo que, o
tampão se soltara por qualquer razão e a água escoara-se ou então a piscina estaria
cheia naquele dia: sexta-feira.
E ali,
encostado à cancela, dando urna vista de olhos para o carreiro ensaibrado e
ladeado por um alto renque de arbusto laboriosamente trabalhado e tratado para
guardar a piscina de olhares indiscretos, o inspector escutava as
vozes dos seus homens atarefados em volta do corpo de Pedro d'Alpuim e
sentia-se ligeiramente comprometido por ter procurado um local onde pudesse
evitar a visão daquela cena de sangue e horror.
–
Portanto, ambos almoçaram com o vosso tio… O sr. Abel saiu para a
cidade às 8,30 horas e o senhor Dorindo subiu para o escritório às 8,40 horas,
enquanto o sr. Pedro d'Alpuim ficou na saleta. Às 9 horas o
jardineiro abandonou o palacete, pelo que só ficaram em casa
o sr. Dorindo e o sr. Pedro. Embora o escritório fique em
frente da piscina o sr. Dorindo não reparou se a piscina ainda estava
cheia pois esteve a trabalhar e só foi à janela quando o sr. Abel d'Alpuim;, ao
abrir a cancela, deu um grito de aviso para o vosso tio.
– Eu
ouvi o grito do Abel e percebi as palavras: «…piscina… vazia…» – corroborou
Dorindo d'Alpuim.
– Você
viu o jardineiro encher a piscina, sr. Abel d'Alpuirn?
– o inspector coçou o queixo. – Disse-me que reparou no facto
ontem à tarde! E o sr. Dorindo não viu! Resumindo:
o sr. Abel saiu às 8,30 horas e…
Saí,
cheio de pressa. Tinha um encontro marcado e vim por este carreiro. Lamento não
ter passado pela piscina pois poderia ter evitado o acidente!
–
O sr. Dorindo nunca assomou à janela sobranceira à piscina?
– Só
quando o Abel gritou.
–
Ficou em casa e no escritório das 8,40 até às 11,30, hora do acidente! Não viu
o jardineiro encher a piscina e…
O inspector calou-se…
Um pequeno e desanimado cortejo apareceu vindo da curva do carreiro e levando o
corpo de Pedro d'Alpuim. Tornou a olhar para a prancha que sobressaia por cima
do reque de arbustos e suspirou. Disse para os dois:
– Não
foi acidente. Um de vocês preparou-o. Um de vocês tirou o tampão… – voltando-se
para um dos sobrinhos avisou: – Está preso por assassínio, meu rapaz!
1 –
Quem matou Pedro d'Alpuim?
2 – Em que se baseia para afirmá-lo?